Estudo 21 – CONFESSAR ERROS E FALHAS PARTE 1

DECISÃO 6
CONFESSAR
“Eu vou falar.”

“Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
1 João 1:8-9

CONFESSAR ERROS E FALHAS PARTE 1 — ESCRITA DAS MEMORIAS

Examinemos e submetamos à prova os nossos caminhos, e depois voltemos ao Senhor” Lamentações 3:40

Chegou o tão esperado momento de avaliar e confessar todas as falhas, de se abrir plenamente, a Deus e ao seu confidente. Depois de 20 semanas, hoje você aprenderá a escrever suas memórias. Prepare-se para escrevê-las! Colocá-las no papel o ajudará a organizar seus pensamentos e a se permitir ter lembranças que talvez tenha reprimido, bem como as muito presentes, colocando-as para fora e assim abrindo espaço para a cura.

A boa notícia é que você não fará isso sozinho. Você poderá contar com a ajuda de seu confidente nesse processo.
As memórias são uma descrição minuciosa da sua vida, ou seja, desde a infância até seus dias atuais. Parece uma tarefa complexa, mas a partir de sua decisão e algumas perguntas direcionadas, você realizará uma das atividades mais importantes da sua história.
A maioria das pessoas não gosta de olhar para dentro de si. É a mesma sensação que temos ao abrir uma carta sabendo que contém más notícias. No entanto esse exercício especial contém um elemento de libertação muito especial. Na medida em que você escreve suas memórias, colocando para fora de si todas elas, o peso delas diminui muito.

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.”
Salmo 139:23-24

Ao escrever suas memórias, você perceberá algumas pendências, por causa de situações que esqueceu ou deixou para lá, e outras que Deus mostrará durante a escrita das memórias. Mais tarde, você poderá trabalhar nisso!
Enquanto escreve, você experimentará a ação do amor de Deus, que é capaz de, através de suas lembranças, trazer cura e mostrar o que você precisa acertar. Creia que Ele está realizando algo novo e melhor em você e a partir de você.

Como escrevo minhas memórias?

Para facilitar a escrita de suas memórias, preparamos algumas perguntas que tratam dos assuntos mais importantes e comuns. Não se limite em apenas responder às perguntas, mas recomendamos que, no
mínimo, você responda a todas. Você pode falar de fatos e histórias que vierem à sua mente, até daquilo que, naquele momento, ainda não têm muito a se explicar, ou até mesmo não estão em nenhuma pergunta.
O Espírito Santo está agindo em sua mente e coração para este tempo efetivo ao extremo, para sua libertação. Quando for responder as perguntas, o faça de maneira que a resposta de uma pergunta seja ato contínuo para a pergunta seguinte, formando assim, um só relato, uma só uma história: a sua história de vida. Ou seja, a pergunta só serve de guia para você ir escrevendo o seu texto, como um todo.
Outro ponto muito importante é mencionar em cada resposta alguns fatores importantes citados abaixo. Estes fatores farão todo sentido na investigação de suas memórias. O mais importante de todo o processo é você crescer no seu relacionamento com Deus, consigo mesmo e com os outros.

“Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.”
Efésios 4:31

1º Informação: “A pessoa”

É importante que cada resposta tenha a identificação da pessoa mencionada. Esforce-se para identificar cada pessoa envolvida em cada resposta dada.

Exemplo: “minha mãe…”

2º Informação: “O fato”

Em suas respostas, você mencionará os fatos ocorridos. Acima, você identificou a pessoa e agora, você identificará o fato em si que “a pessoa” cometeu. É importante isto estar bem identificado.

Exemplo: “minha mãe me batia quase todos os dias…”

3º Informação: “O efeito”

Em cada resposta deve-se colocar o efeito que a pessoa gerou em você. Tente se lembrar de como você se sentiu quando o fato aconteceu.

Exemplo: “minha mãe me batia quase todos os dias, e isso me deixava com raiva dela…

4º Informação: “O dano”

Quando falar em danos, precisa avaliar quais dos seus instintos básicos foram agredidos:

• Social: Você sofreu com relacionamentos destrutivos, calúnias ou fofocas?
• Segurança: Sua integridade física foi ameaçada? Você enfrentou perdas financeiras ou materiais?
• Sexual: Você foi vítima de relacionamentos abusivos? À intimidade e confiança foram prejudicadas ou violadas? Exemplo: “minha mãe me batia quase todos os dias, e isso me deixava com raiva dela. Quando isso acontecia, eu ficava com marcas pelo corpo e sentia vergonha das pessoas…
  

5º Informação: “A minha parte”

Agora você precisa identificar honestamente a parcela que é de sua responsabilidade: seu ressentimento, sua mágoa ou qualquer outro pecado . Peça que Deus mostre a sua contribuição num casamento ou relacionamento danificado ou quebrado com um filho ou um parente distante, ou talvez em um emprego perdido.
Exemplo: “minha mãe me batia quase todos os dias, isso me deixava com raiva dela. Quando isso acontecia, eu ficava com marcas pelo corpo e sentia vergonha das pessoas. Sei que na maioria das vezes meu comportamento era de um menino mimado e para chamar a atenção de todos. Eu não tinha cuidado com as coisas e às vezes quebrava coisas de propósito. ”

Esta tarefa está dividida em duas partes. Nesta primeira parte, selecionamos perguntas da infância e adolescência e na próxima parte, abordaremos as fases da juventude e idade adulta.

Conclusão

“Venham, vamos refletir juntos, diz o Senhor. Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão.”
Isaías 1:18

Não importa o que você viveu, não é só você quem sabe sobre isso. Deus também sabe e deseja que você confesse – traga para a luz – o que for necessário. Só Ele é capaz de purificá-lo, mas é preciso você confesse e exponha a situação. Você fará isso ao escrever e ler suas memórias, para que você mesmo possa se escutar e para que alguém o ajude nas futuras decisões a tomar.
Nossa recomendação é que você escreva com papel e caneta. Evite computador, tablet ou celular. Escolha o método antigo e eficaz que são os bons amigos, caneta e papel. Reserve um caderno para isso.
De preferência, que seja um caderno discreto. Guarde-o bem. Mas, se você se sentir melhor com computador, vá em frente e use-o. O importante é escrever suas memórias!

Questionário para auxiliar na escrita das memórias
1º Parte das memórias:
Infância e família de origem – Até os 12 anos

1) Seu nascimento foi planejado e desejado pelos seus pais?
2) Quais são suas primeiras memórias felizes?
3) Quais são suas primeiras memórias infelizes?
4) Se você pudesse mudar algo na sua infância, o que mudaria?
5) Como era exercida a correção/disciplina na sua família?
6) Você ouviu palavras afetuosas e lembra de atitudes e comportamentos de amor dos seus pais por você?
7) Seu lar era um lugar seguro para você? Por que?
8) Com quantos anos você foi para a escola? Como era o ambiente lá?
9) Você sofreu algum tipo de abuso físico, emocional, sexual durante sua infância?
10) Sua família tinha ou tem algum “segredo”, algo vergonhoso que
todos concordavam e concordam, até hoje, em não falar ou tratar?
11) Como foi sua experiência com amigos do bairro ou do colégio?
12) Você sofreu alguma humilhação, agressão ou abuso fora do lar?
Você falou para alguém?
13) Quais habilidades ou virtudes você demonstrou quando criança?
Outros reconheceram, incentivaram, elogiaram ou te repreenderam?
14) Você diria que recebeu o amor fundamental de seu pai, mãe e irmãos?
15) Como era seu relacionamento com os vizinhos?
16) Como era seu relacionamento com tios e avós?
17) Quais nomes ou apelidos lhe foram dirigidos quando criança?
Eles eram carinhosos, agressivos, encorajadores, engraçados, debochados, humilhantes?
18) Você era honesto quando criança? Chegou a praticar algum furto? Mentia, trapaceava? Estes comportamentos ainda fazem parte do seu perfil até hoje?
19) Você era agressivo quando criança? Costumava brigar, bater nas outras crianças? Gritava com as pessoas? Estes comportamentos ainda acontecem até hoje?
20) Você guarda segredos da sua infância que nunca contou para ninguém de tanta vergonha que tem?
21) Você foi despertado sexualmente na infância? Como foi isto? O
que foi que você sentiu? Através de revistas pornográficas, filmes, assédio, abuso etc? Como isso afeta você hoje?
22) Quais estratégias de autodefesa, como, gritos, choro, birra etc, você consegue identificar na sua infância?

2º Parte das memórias
Adolescência, amigos, colegas e parentes – dos 13 aos 18 anos

1) O que você se lembra da sua adolescência que o faz sofrer até hoje?
2) Como era o ambiente de sua casa? Havia brigas, bebidas, agressões etc?
3) Seus pais chegaram a se separar/divorciar? Quem cuidava de você? Como você reagiu?
4) Você chegou a perceber que seus pais eram falhos?
5) Você respeitava seus pais? Se não, você já confessou isso e já pediu perdão?
6) Nesta fase da adolescência você experimentou drogas, bebida alcoólica, cigarro, pornografia, masturbação, sexo? Como foi que isso aconteceu? Como você se sentiu? Você falou para alguém na época?
7) Você aceitava seu corpo do jeito que era? Se não, como esses conflitos com sua autoimagem influenciaram suas atitudes e comportamentos? Você ainda vive esses conflitos?
8) Qual era o seu conceito de Deus e o seu relacionamento com Ele na época?
9) Seus pais lhe deram liberdade na sua adolescência? O que você tinha a liberdade de fazer? Como isso lhe afetou?
10) Como era o diálogo com seus pais durante sua adolescência? Você tinha alguém a quem contava tudo?
11) Quando é que você começou a ter alguma independência com relação ao dinheiro? Como você usou ou abusou dessa independência? Quais foram as consequências?
12) Como aconteceu sua educação sexual? Na rua? Através de seus pais? Experimentando? Quais conceitos errados você desenvolveu a partir dessa educação?
13) Que tipo de adolescente você era? Extrovertido, introvertido ou acanhado? Por que? Como isto afetou seus relacionamentos? E hoje?
14) Como eram seus desejos nesta fase da vida? Você ignorava o que desejava ou tinha que ignorar a fim de agradar os outros? E hoje, ainda ignora seus desejos?
15) Você sabia dizer “não” ou era do “partido do contra”?
16) Você manipulava os outros a fim de conseguir o que queria? Como? E hoje, ainda manipula?
17) Você sente culpa por algo que fez quando adolescente? O que? Você já tratou deste assunto com as partes envolvidas?
18) Você guarda ressentimentos de sua adolescência? O que aconteceu? De quem?
19) Quem mais o decepcionou na adolescência? Qual era a sua expectativa que essa pessoa não cumpriu? Sua expectativa era realista ou era uma fantasia?
20) Você chegou a sentir autopiedade? Em qual situação? Está com pena de si mesmo até hoje?
21) Como era seu relacionamento com seus irmãos na adolescência?
22) Você chegou a abusar de coisas lícitas na adolescência? Comida, sono, televisão, esportes, um hobby, videogame, internet, ou algum outro?
23) Onde você se sentia mais à vontade? Em casa, na rua, na casa de amigos, na escola ou noutro lugar? O que este lugar lhe propiciava que o deixava à vontade? Hoje você acha que isso lhe fez bem?
24) Você demonstrou atitudes de rebeldia na adolescência? De que forma? Roupa, cabelo, adornos pessoais, tatuagens, formas de andar e falar etc? O que o motivava a viver daquela forma?
25) Como era o ambiente da sua escola? Do que você gostava e não gostava?
26) Você respeitava os seus professores e autoridades?
27) Você tinha planos e sonhos para o futuro? Quais?

Parabéns, você já venceu boa parte! Imaginamos que tenha sido difícil, bem sofrido talvez, mas certamente está valendo a pena. Preparêe-se, na semana que vem continuamos com as outras duas fases.